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Utilize este link para identificar ou citar este item: http://bds.unb.br/handle/123456789/1059
Registro completo
Campo Dublin CoreValorLíngua
dc.contributor.authorDavis, Angela-
dc.date.accessioned2021-09-18T04:52:29Z-
dc.date.available2021-09-18T04:52:29Z-
dc.date.issued2016-
dc.identifier.citationDAVIS, Angela. Educação e libertação: a perspectiva das mulheres negras. In: DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo Editorial, 2016. Cap. 6. p. 108-116. Heci Regina Candiani.pt_BR
dc.identifier.isbn978-8575595039-
dc.identifier.urihttp://bds.unb.br/handle/123456789/1059-
dc.descriptionMaterial fornecido por professor Ana Paula Antunes Martins; Tradução de: Heci Regina Candiani.pt_BR
dc.description.abstractO fragmento Mulheres, raça e classe, de Angela Davis, é uma obra fundamental para se entender as nuances das opressões. Começar o livro tratando da escravidão e de seus efeitos, da forma pela qual a mulher negra foi desumanizada, nos dá a dimensão da impossibilidade de se pensar um projeto de nação que desconsidere a centralidade da questão racial, já que as sociedades escravocratas foram fundadas no racismo. Além disso, a autora mostra a necessidade da não hierarquização das opressões, ou seja, o quanto é preciso considerar a intersecção de raça, classe e gênero para possibilitar um novo modelo de sociedade. Davis apresenta o debate sobre o abolicionismo penal como imprescindível para o enfrentamento do racismo institucional. Denuncia o encarceramento em massa da população negra como mecanismo de controle e dominação. Dessa forma, questiona a ideia de que a mera adesão a uma lógica punitivista traria soluções efetivas para o combate à violência, considerando-se que o sujeito negro foi aquele construído como violento e perigoso, inclusive a mulher negra, cada vez mais encarcerada. Analisar essa problemática tendo como base a questão de raça e classe permite a Davis fazer uma análise profunda e refinada do modo pelo qual essas opressões estruturam a sociedade. Neste livro, tal discussão é sinalizada pela autora por meio de sua abordagem do sistema de contratação de pessoas encarceradas nos Estados Unidos, que já durante o período escravocrata permitia às autoridades ceder homens e mulheres negros presos para o trabalho, em uma relação direta entre escravidão e encarceramento como forma de controle social.Nesse sentido, mesmo sendo marxista, Davis é uma grande crítica da esquerda ortodoxa que defende a primazia da questão de classe sobre as outras opressões. Em 'As mulheres negras na construção de uma nova utopia', a autora destaca a importância de refletir sobre de que maneira as opressões se combinam e entrecruzam:As organizações de esquerda têm argumentado dentro de uma visão marxista e ortodoxa que a classe é a coisa mais importante. Claro que classe é importante. É preciso compreender que classe informa a raça. Mas raça, também, informa a classe. E gênero informa a classe. Raça é a maneira como a classe é vivida. Da mesma forma que gênero é a maneira como a raça é vivida. A gente precisa refletir bastante para perceber as intersecções entre raça, classe e gênero, de forma a perceber que entre essas categorias existem relações que são mútuas e outras que são cruzadas. Ninguém pode assumir a primazia de uma categoria sobre as outras.A recusa a um olhar ortodoxo mantém Davis atenta às questões contemporâneas, que abarcam desde a cantora Beyoncé à crise de representatividade. A discussão feita por ela sobre representação foge de dicotomias estéreis e nos auxilia numa nova compreensão. Acredita que representação é importante, sobretudo no que diz respeito à população negra, ainda majoritariamente fora de espaços de poder. No entanto, tal importância não pode significar a incompreensão de seus limites. Para além de simplesmente ocupar espaços, é necessário um real comprometimento em romper com lógicas opressoras. Nesse sentido, acompanhar suas entrevistas é fundamental.Davis traz as inquietações necessárias para que o conformismo não nos derrote. Pensa as diferenças como fagulhas criativas que podem nos permitir interligar nossas lutas e nos coloca o desafio de conceber ações capazes de desatrelar valores democráticos de valores capitalistas. Essa é sua grande utopia. Nessa construção, para ela, cabe às mulheres negras um papel essencial, por se tratar do grupo que, sendo fundamentalmente o mais atingido pelas consequências de uma sociedade capitalista, foi obrigado a compreender, para além de suas opressões, a opressão de outros grupos.pt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherBoitempopt_BR
dc.relationhttps://bds.unb.br/handle/123456789/1180-
dc.titleEducação e libertação : a perspectiva das mulheres negraspt_BR
dc.typeLivropt_BR
dc.subject.keywordMulherespt_BR
dc.subject.keywordRaçapt_BR
dc.subject.keywordClasse socialpt_BR
dc.location.countryBRApt_BR
dc.contributor.REBECAUniversidade de Brasíliapt_BR
dc.contributor.othersSouza, Raiany Alves de-
dc.contributor.othersJesus, Layne Silva de-
dc.date.audiodescription2018-05-29-
dc.description.physicaldescriptionCap. 6; 13 p.pt_BR
dc.description.accessibilityParcialmente acessibilizadopt_BR
Aparece na Coleção:MT - Ciências Humanas

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