http://bds.unb.br/handle/123456789/671
Título: | A mulher desiludida |
Autor(es): | Beauvoir, Simone de |
Data de publicação: | 1986 |
Editora: | Editora Nova Fronteira |
Referência bibliográfica: | BEAUVOIR, Simone. A mulher desiludida. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira,1986. 232 p. |
Resumo: | As três histórias deste volume são contadas em forma de diário escrito peras protagonistas. Elas têm como temas gerais a solidão e o fracasso, mas cada qual apresenta um enfoque especifico. Na primeira, que focaliza a crise do envelhecimento, um casal de intelectuais até então muito unidos distancia-se porque não suportam da mesma maneira o peso dos anos: é um relato feito principalmente de silêncios e subentendidos, tendo como pano de fundo um amor materno sufocante. Em "Monólogo", trata-se da relação entre a verdade e as mentiras do discurso, através de um caso extremo: o de uma mulher que se sabe responsável pelo suicídio da filha e é condenada por todos que a cercam, mas que procura convencer-se de que a realidade é diferente, e para isso envolve-se num manto de ódio contra o mundo. Por fim, na história que dá título ao volume, "A mulher desiludida", a heroína apega-se com uma afetividade esmagadora a um marido que já não a ama. Tendo renunciado a uma carreira pessoal, ela não conseguiu interessar-se pelas atividades profissionais do homem que vive ao seu lado, intelectualmente muito superior e agora interessado por uma colega de trabalho. Segundo a própria Simone de Beauvoir, esta história deve ser lida como um romance policial, em cujas páginas se encontram, sutilmente disfarçadas, indicações que permitem ao leitor descobrir a chave da situação, a verdade por trás de todo o esforço que Monique faz para enganar-se. As mulheres desta coleção de relatos não conseguem compreender muito bem o que lhes está acontecendo, o comportamento de seus maridos lhes parece contraditório e estranho, a rival é indigna do amor deles. Um universo que até então lhes parecia seguro começa a desmoronar-se e, aturdidas, elas perdem até mesmo a noção de sua identidade real: uma delas luta contra a fatalidade do envelhecimento, a segunda conjura, num monólogo neurótico, a solidão em que foi lançada por seu egoísmo, e a última é vítima da dependência conjugal que escolheu como forma de vida. |
Assunto: | Psicologia |
Aparece na Coleção: | MT - Ciências Humanas |
Todos os itens na BDS estão protegidos por copyright. Todos os direitos reservados.